A família da estudante de Direito Fernanda Lages, morta de forma brutal no dia 25 de agosto de 2011, em Teresina, divulgou uma nota nesta segunda-feira (21) repudiando a menção feita pelo deputado Silas Freire ao caso da estudante na Comissão Parlamentar de Inquérito que trata dos crimes cibernéticos, ocorrido na ultima terça (15) em Brasília. Para a família, ao convidar Jivago Castro para depor como vítima, o deputado Silas Freire (PR) mostrou desconhecimento do caso que encontra-se ainda em aberto. Silas disse na comissão que o caso foi suicídio.
“Caro deputado, estamos certos de que o senhor desconhece os autos e não pesquisou a fundo a questão, pois a polícia civil do Piauí, à qual se refere, aponta, após suas investigações, que Fernanda foi vítima de morte violenta”, afirmou a família por meio de nota.
De acordo com a família, nem mesmo a Polícia Federal apresentou um inquérito conclusivo como alega o parlamentar.
“Quanto à Polícia Federal, essa também concluiu que a estudante morreu por morte acidental ou suicídio. Engraçado, que nem as polícias às quais o senhor se refere, e que supostamente tenham comprovado a causa da morte de Fernanda, concluem suas investigações com certezas plenas”, diz a nota.
“Não aceitamos que coloquem como se a investigação e o processo estejam concluídos, pois bem sabemos que não é verdade”,finaliza a nota da família de Fernanda Lages.
Veja abaixo a nota na integra:
A família de Fernanda Lages Veras repudia a menção feita ao caso da estudante encontrada morta no dia 25 de agosto de 2011, na Comissão Parlamentar de Inquérito que trata dos crimes cibernéticos, terça-feira (15/03).
Ao convidar Jivago Castro para depor como vítima de crime cibernético, o deputado federal Silas Freire, em sua fala coloca que “comprovadamente pelos resultados de investigação de duas polícias, uma Estadual e uma Federal”, a morte da estudante estaria esclarecida, salvo, como dito em suas palavras, pelo fato de o Ministério Público não ter aceitado as VERSÕES APRESENTADAS, como o senhor mesmo colocou, o “Ministério Público não se pronunciou e deu o calado como resposta”.
Caro deputado, estamos certos de que o senhor DESCONHECE os autos e não pesquisou a fundo a questão, pois a POLÍCIA ESTADUAL à qual se refere, aponta, após suas investigações, que Fernanda foi vítima de MORTE VIOLENTA. Óbvio, basta acessar as inúmeras matérias veiculadas à época. Quanto à POLÍCIA FEDERAL, essa também concluiu que a estudante morreu por MORTE ACIDENTAL OU SUICÍDIO. Engraçado, que nem as polícias às quais o senhor se refere, e que supostamente tenham COMPROVADO a causa da morte de Fernanda, concluem suas investigações com CERTEZAS PLENAS.
Não aceitamos que coloquem como se a investigação e o processo estejam CONCLUÍDOS, pois bem sabemos que não é verdade.
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