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Justiça nega o pedido de liberdade para o piauiense preso na ‘Zelotes’

juizafundac-300x250eNo final da tarde da última quinta-feira(29), a juíza federal substituta da 10ª Vara Federal em Brasília, Célia Regina Ody Bernardes (foto ao lado), negou dois pedidos apresentados pelo advogado do ex-diretor financeiro da Fundação Cultural do Piauí, Halysson Carvalho da Silva, preso pela Polícia Federal na quarta fase da Operação Zelotes. Um dos pedidos era para que sua prisão fosse revogada, o outro era para que sua prisão fosse convertida em prisão domiciliar.

Para negar o primeiro pedido, a juíza considerou que, até o momento, não surgiu nenhum fato novo que justificasse que sua prisão teria sido ilegal.

Quanto à prisão domiciliar, a defesa de Halysson Carvalho da Silva, que é patrocinada pelo advogado João Alberto Soares Neto, justificou que a conversão para prisão domiciliar seria necessária para que o acusado ficasse em casa cuidando de sua filha. Mas, a juíza não acatou o pedido.

“Tendo em vista que o investigado não é “imprescindível” aos cuidados da criança, uma vez que a mãe está apta a prestá-los (fl. 26/28), reputo não preenchido o requisito exigido no artigo 318, inciso III, do CPC, eis que o agente não é “imprescindível aos cuidados especiais (…)”, razão pela qual também indefiro esse pedido”, declarou a magistrada ao manter Halysson Carvalho na cadeia.

Ele foi preso em São Paulo, quando, segundo seu advogado, resolvia problemas particulares. Quando soube da operação, ainda pensou em se apresentar na Polícia Federal em Brasília, mas não deu tempo.

A juíza Célia Regina ainda vai apreciar novamente o pedido de prisão domiciliar nas próximas horas. A defesa diz que ele está preso em São Paulo, mas nos autos não está claro se ele se encontra preso em Brasília ou na capital paulista. Após a confirmação chegar aos autos, a Justiça vai decidir se ele deve ser transferido para Teresina nos próximos dias.

Motivo da prisão

A investigação da Polícia Federal apontou que Halysson teria participado de um esquema de extorsão contra a empresa MMC Automotores do Brasil Ltda ao exigir a quantia de US$ 1,5 milhão para não entregar um dossiê sobre o caso das vendas de Medidas Provisórias no Palácio do Planalto.

A extorsão teria sido motivada por falta de pagamento da propina negociada pelo consórcio SGR/Marcondes & Mautoni, que tinha expectativa de receber R$ 32 milhões.

ex-diretor-da-fundac-halysson-carvalho-335614Para a Polícia Federal, Halysson teria usado telefones e e-mails de outras pessoas. Uma delas, a defesa do acusado já declarou na imprensa local que seria um de seus ex-empregados, mas que todos seriam vítimas da operação da Polícia Federal e que a Justiça teria caído em um erro ao decretar sua prisão.

Ainda falta a Polícia Federal confirmar se os dados dessas pessoas estavam, realmente, sendo usadas por Halysson Carvalho.

LEIA TUDO sobre a prisão de Halysson Carvalho, que no início deste ano, era quem controlava os pagamentos na Fundação Cultural do Piauí.

 Por Aquiles Nairó

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