Aumentou para 11 os casos confirmados de Gripe Suína no Piauí, e outros dois casos da doença estão sendo monitorado no Estado de acordo com informações do Ministério da Saúde. Segundo o órgão, todos os casos são de pessoas com sintomas de algum tipo de gripe.
Das pessoas infectadas pelo novo vírus em todo o país, a grande maioria (71,5%) apresentou sintomas leves.
As outras pessoas apresentaram febre, tosse e dificuldade respiratória, mesmo que moderada – sintomas compatíveis com a definição de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Desse total, 55,6% foram de mulheres.
Com os novos casos divulgados pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul, o número de mortos no Brasil passa para 181 pessoas.
Na sexta-feira, as secretarias de Saúde de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul divulgaram a confirmação de, ao todo, mais 26 mortes. Em São Paulo, o número de óbitos chegou a 69, o Estado tem o maior número de vítimas do país.
A Gripe Suína é uma doença respiratória causada pelo vírus Influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.
Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
A taxa de mortalidade dos casos confirmados de SRAG pelo novo vírus, no Brasil, é de 0,05/100.000 habitantes.
A Diretora de Ação Básicas de Saúde, médica, Amariles Borba, afirmou que até o final de semana tinha sido confirmados 10 casos de gripe A em Teresina.
Os médicos estão investigando, em uma Comissão, se as mortes dos irmãos Antônio, de 33 anos, e Geovani Tomé, de 20 anos, que morreram com sintomas de gripe suína. Os corpos dos dois foram levados ao IML (Instituto Médico Legal) para exames de corpo delito.
Cabe destacar que, de acordo com o novo protocolo, o cálculo da taxa de letalidade em relação ao total de casos de influenza não é mais utilizado como parâmetro para monitorar o comportamento da doença, uma vez que os casos leves não são mais notificados, exceto em surtos, segundo recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Gestação e doenças cardíacas e neurológicas são os principais fatores de risco para óbito, entre os casos de SRAG infectados pelo novo vírus.
Nos casos graves de pessoas infectadas pelo novo vírus com pelo menos um fator de risco, a letalidade foi de 23,5%, enquanto que nos pacientes sem nenhum fator de risco a letalidade foi de 8,9%.
Ou seja: quem tem pelo menos um fator de risco e doença grave pelo novo vírus tem 2,63 vezes mais risco de morrer, quando comparado com o grupo de pessoas, também com doença grave pelo novo vírus, mas sem fator de risco.
As duas evidências acima reforçam as ações recomendadas pelo protocolo de manejo clínico do Ministério da Saúde de priorização para os grupos com maior risco para desenvolver as formas graves da doença, que são os seguintes:
1. Gestação. 2. Idade menor que 2 e maior que 60 anos. 3. Pessoas com doenças que debilitam o sistema imunológico (defesas do organismo), como câncer e aids; ou que tomam regularmente medicamentos que debilitam o sistema imunológico. 4. Doenças crônicas preexistentes, como problemas cardíacos (como arritmias), pulmonares (exemplos: bronquite e asma), renais (pessoas que fazem hemodiálise, por exemplo) e sanguíneos (como anemia e hemofilia); diabetes, hipertensão e obesidade mórbida.
Fonte: Meio Norte