GeralSaúde

Hanseníase: Piauí é sede de encontro dos Programas Estaduais da região Nordeste

HanseniaseRepresentantes da saúde de toda a região Nordeste estão no Piauí para participar da II Reunião de Avaliação e Planejamento dos Programas Estaduais de Controle da Hanseníase, que acontece nos próximos três dias, em Teresina. O evento está acontecendo no Real Palace Hotel.
O objetivo é definir ações estratégicas prioritárias para as áreas endêmicas e silenciosas nos cinco componentes do Programa, visando o alcance das metas. São eles: vigilância epidemiológica, gestão, comunicação e educação, atenção integral e mobilização social e pesquisa.

“Vamos desenvolver uma ação estratégica aqui no Piauí. O Estado foi privilegiado com este evento, pois ele merece uma atenção especial com relação à hanseníase”, disse a coordenadora do programa nacional de controle da hanseníase, Aparecida Grossi.

O Brasil vem mantendo uma média de 47 mil novos casos de hanseníase anualmente, com um alto índice especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. No Piauí, foram diagnosticados 1.856 casos da doença. Até o mês de abril de 2009, foram 367 casos.

O preconceito com a doença ainda é grande, o que dificulta o diagnostico e tratamento precoce. “A gente sabe que o preconceito faz com que as pessoas se isolem, isso dificulta o tratamento, e ai a tendência é que a doença seja transmitida para outras pessoas. As pessoas precisam se conscientizar de que a hanseníase tem cura, e que o tratamento correto é essencial para isso”, ressaltou o secretário estadual da Saúde, Assis Carvalho.

Para quem já passou pelo problema, o importante é não desanimar. “Quando eu tive hanseníase eu já era uma pessoa muito esclarecida. Sempre tive o apoio da minha família, mas sofri muita discriminação. Na época que eu tive, ainda nos anos 80, as coisas ainda eram muito mais difíceis, mas nunca desanimei. As pessoas não precisam ter medo da doença, ela tem cura, eu estou aqui de prova para comprovar isso”, disse Ruimar Batista, 50 anos.

“A partir do momento que a pessoa começa a se tratar, ela já não transmite mais a doença. É importante também que as pessoas não abandonem o tratamento”, alerta.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo