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LDO 2018 é discutida na Alepi e governo diz que precisa de “plano B”

Na audiência pública para tratar sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2018, que aconteceu na Assembleia Legislativa do Piauí nesta quarta-feira (31), foi discutida a situação econômica do Estado em meio à crise econômica.

A reunião aconteceu na Comissão de Finanças e o secretário de Administração do Estado, Franzé Silva, defendeu que o governo crie um “plano B” para lidar com as finanças do Piauí, que passam por um momento delicado, como em todo o resto do país. “É preciso de uma reunião de esforços com cada um dos poderes”.
Franzé também sugeriu que seja montado um fórum permanente para discutir a LDO e os investimentos do executivo estadual. “Minha sugestão é criar esse fórum de discussão para tratar sobre as despesas continuadas, para amadurecer os encaminhamentos e dar os melhores rumos quanto às finanças em 2018. O ano que vem será um ano difícil e a gente precisa estar permanentemente discutindo as saídas para a crise que se apresenta”.
O secretário reafirmou que a previdência também é um problema que precisa de atenção do Governo. Para ele, uma das soluções é a incorporação da PREV Nordeste ao âmbito do Piauí, que é um consórcio em fundo de previdência complementar.
“A previdência vai ser o nosso calcanhar de Aquiles e precisamos discutir e discutir e discutir. Temos que pensar no desenvolvimento de riquezas no Estado, como uma das saídas pra que o que seja gerado em recursos com riquezas como minérios ou pré-sal, seja em parte revertido para financiar a previdência”.
O secretário de Planejamento do Piauí, António Neto, fez uma explanação sobre só dados referentes às finanças e economia estadual, mostrando um panorama para os próximos anos.
Atraso de salários
Apesar de o governador ter dito que está reduzindo os investimentos para não atrasar a folha, o superintendente do Tesouro Nacional no Piauí, Emílio Borges, destacou que a situação do Estado é gravíssima e que há o risco de atraso de salários, sobretudo se operações de crédito não forem liberadas.
“Com todas as dificuldades que o Estado enfrenta, com as maiores fontes que são o FPE e o ICMS a gente está conseguindo manter somente a máquina funcionando e pagando a folha, as dívidas públicas, fazer o repasse aos poderes, pagar o custeio da máquina e minimamente fazer algum investimento. Não há recursos para fazer obras em infraestrutura”, esclareceu.
De acordo com ele, as operações de crédito são importantíssimas para que o Tesouro estadual possa manter a máquina funcionando. “Quando digo que há um desequilíbrio é nesse sentido de que não temos recursos para obras em infraestrutura. Então não descartamos os atrasos de salários, embora todos os esforços e o foco principal seja manter o pagamento da folha. Não podemos dizer que não há dificuldades em relação a isso”, complementou.
Emilio Borges disse também que eventuais recursos de operações de créditos que possam ser destinados a obras e projetos desafogariam o Tesouro para que pudessem ser feitos investimentos em outras áreas.

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