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Senador Elmano Férrer defende valor cultural e economia gerada com as vaquejadas

elmanoO senador Elmano Férrer (PTB-PI) discursou na última terça-feira, dia 25, sobre a prática da vaquejada destacando que a decisão de proibição do evento não considerou o aspecto econômico da atividade, responsável pelo sustento de milhares de brasileiros, principalmente no Nordeste, e nem mesmo o valor cultural da prática. A proibição da vaquejada foi tema de mobilização no Congresso Nacional durante esta semana. Para o senador, o não reconhecimento da vaquejada levará à prática clandestina da atividade.

Em 6 de outubro último, o Supremo Tribunal Federal julgou procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.983, impetrada pelo Ministério Público contra a lei nº 15.299, de 2013, do estado do Ceará, que regulamenta a vaquejada como prática desportiva e cultural daquele estado.

“Protesto em defesa da vaquejada, que é uma prática desportiva e uma tradição. A ação julgada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal visa proibir a lei que regulamentou a vaquejada no Ceará, buscando coibir os abusos, proteger os vaqueiros e os animais. Agora, na ausência de uma moldura jurídica, vamos abrir a porteira da clandestinidade. O Projeto de Lei, que tramita no Congresso Nacional, tenta estabelecer uma norma para a prática dessa atividade cultural e desportiva”, afirmou o parlamentar.

O senador informou ainda que cada vaquejada envolve cerca de 270 profissionais, como veterinários, organizadores, segurança, árbitros, locutores e músicos. Elmano pontuou que apenas em 2015 as vaquejadas movimentaram cerca de R$ 600 milhões, geraram 120 mil empregos diretos. No Piauí, segundo dados da Associação dos Vaqueiros Amadores do Estado, são realizadas cerca de 250 vaquejadas por ano, gerando 30 mil empregos indiretos e 6 mil empregos diretos, movimentando R$ 25 milhões por ano.

“O valor cultural é incontestável. Precisamos levar em conta que a vaquejada movimenta a economia dos Estados do Nordeste, sendo o sustento de milhares de brasileiros. Assim, a vaquejada mostra que é a base do sustento de milhões de brasileiros, sobretudo na região Nordeste. Desconsiderar que uma simples canetada afetará a vida de milhões de brasileiros parece-me algo bastante preocupante, sobretudo neste momento de grave crise econômica. Sob o argumento de proteger os animais de supostos maus tratos e crueldades, estão penalizando milhões de seres humanos que tiram seu sustento dessa atividade”, finalizou.

Por Thaizys Val

 

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