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‘Jornal da Globo’: Sistema prisional no estado do Piauí enfrenta colapso

pagepris-300x250eO sistema prisional do Piauí está a beira do colapso. As celas estão superlotadas, faltam funcionários e até gansos são usados como alarme para evitar fugas. Essa é a situação mostrada no Jornal da Globo, na edição que foi ao ar nesta sexta-feira (1/05).

São pouco mais de 2.100 vagas para 3.550 presos. Só neste ano, já foram registradas nove mortes nos presídios do Piauí. A maioria, resultado do confronto entre detentos.

Outro problema é a deficiência da segurança no sistema. O estado possui 14 unidades prisionais e cerca de 600 agentes. Segundo o sindicato da categoria, o número é a metade do que seria necessário.

alvo2Uma das saídas encontradas para suprir a ausência de fiscalização é a criação de gansos dentro do presídio. O barulho das aves serve de alerta e até já impediram uma fuga.

“Parece brincadeira, mas é verdade. O ganso ele percebendo a movimentação de pessoas estranhas, ele faz um tremendo barulho e isso, de certa forma, alerta os policiais militares que ficam na parte externa do presídio”, explica Vilobaldo Carvalho, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (PI).alvo3

rebeliao11O reflexo dessa superlotação pode ser visto na única central de flagrantes de Teresina, onde o preso não deveria passar mais do que 72 horas. A capacidade máxima seria de 15 presos, mas nos fins de semana esse número chega facilmente a 90. O local tem muita sujeira, é quente e os presos tomam banho com uma mangueira dentro da cela.

“Aqui é como um microondas, os presos vão se amontoando, não tem nenhuma ventilação, e chegam ao ponto que os presos mesmo decidem: se colocar mais alguém a gente vai executar”, revela Constantino Júnior, presidente do Sindicato dos Policiais Civis (PI).alvo6

Enquanto a central de flagrantes não sabe para onde mandar tantos detentos, há presídios em construção com obras paradas há 5 anos. É o caso do presídio da cidade de Campo Maior, a 81 quilômetros de Teresina, que começou a ser construído, em 2009.

Outro, na cidade de Altos, está pronto. Ele tem capacidade para 140 presos, custou mais de R$ 3 milhões, mas não funciona. Primeiro faltou recursos para pagar a construtora, agora o governo está equipando o local.

“Na próxima quinzena de maio estaremos inaugurando a Casa de Detenção Provisória de Altos, que vai dar uma respirada no sistema”, garante Fagner Martins, diretor de presídios (PI).alvo11

O Globo

 

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