O deputado estadual João de Deus (PT) lembrou as conquistas dos professores ao longo das últimas décadas, desde a fundação da Associação dos Professores do Estado do Piauí, à transformação da Apep em Sindicato dos Trabalhadores em Educação – Sinte, com o advento da Constituição Federal de 1988, até a luta pelo Piso Salarial Nacional, que muitos governadores lutaram para não implantar e insistem em não querer pagar.
“O Supremo Federal bateu o martelo e disse que o piso é constitucional. A própria lei estabeleceu os reajustes do piso, com o Fundeb e o custo aluno, que é calculado justamente pelo crescimento do bolo nacional destinado à educação pelo número de alunos matriculados”, explicou. “Esse piso é reajustado levando em contas o crescimento do Fundeb, que permite a recuperação, no médio e longo prazo, dos salários dos professores”, acrescentou.
João de Deus lamentou que o Supremo Tribunal Federal não tenha agido da mesma forma como fez, quando reconheceu o piso nacional, e entendido a urgência da votação da destinação da maior parte dos recursos dos royalties do petróleo para a educação.
“Isso terminou prejudicando a melhoria da educação pública e a valorização da categoria dos professores”, avaliou. “O país precisa destinar pelo menos 10% do PIB na educação, como prevê o Plano Nacional da Educação, se quiser resolver o problema, inclusive investindo nas escolas de tempo integral, que entra como apoio à educação informal recebida na família. O Estado assumindo a outra parte à educação familiar, inclusive impedindo que as nossas crianças, nossos filhos, sejam vítimas das drogas. O professor passa a ser referência para o aluno, que leva esses valores para a família”, ressaltou.
Amparo Landim (PSB) questionou o que seria do mundo se não fosse o professor?
“A gente sonha, deseja uma educação transformadora. A educação é o único caminho para o desenvolvimento humano, para o exercício pleno da cidadania, sem precisa de esmolas, Bolsa Família, transferência de renda… As conquistas existem, mas estão a anos-luz do que desejam os professores, inclusive em relação à cidadania, à saúde, segurança pública… Continuamos sonhando grande, por um a educação realmente transformadora, com o professor se sentindo vaidoso, orgulhoso do exercício do magistério”.
Paulo Pincel
