A Corregedoria do Estado do Piauí informou que vai abrir um inquérito administrativo para punir os policiais militares do Piauí que facilitaram a fuga dos agentes da Força Nacional. A atuação da corporação, devido ao episódio em que se envolveram quatro policiais em um bar da zona leste de Teresina, vem causando muita polêmica na cidade, nesta quarta-feira (14) o policial militar e vereador R. Silva (PP) criticou os gastos com a Força Nacional e a desempenho da mesma em Teresina.
“Força nacional veio com um único objetivo que é o de trabalhar em conjunto com as forças de segurança do Estado do Piauí para reduzir a violência e não para agredir e causar tumultos em estabelecimentos comerciais do nosso município. Isso é uma vergonha”, destacou R. Silva.
Citando o episódio, o vereador espera que os agentes voltem para suas cidades e que o investimento feito a Força Nacional seja repassado aos polícias militares que atuam no Piauí para melhorar a estrutura e serviços da corporação.
“Esperamos com o Governo do Estado possa solicitar a devolução desses agressores para Brasília, para fazer as bagunças em outros lugares e não aqui. Sempre critiquei as condições em estes policiais foram trazidos. Se o investimento que o Governo Federal está fazendo, os custos com estes homens fossem repassados para os policiais militares e a até mesmos policiais civis em forma de diárias e com os mesmos equipamentos que a Força Nacional está utilizando aqui, seguramente os policiais militares daqui fariam bem melhor o serviço que os eles estão fazendo”, completou R. Silva.
O valor da diária de um policial militar a serviço da Força Nacional é o mesmo que é pago aos servidores do executivo nacional. As quantias, que vão de R$ 166,60 a R$ 200,60, variam de acordo com o local para onde os policiais são enviados e também de acordo com a patente. Esses valores estão regulamentados pelo decreto nº 6.907/2009, da Presidência da República.
No Piauí, onde estão 90 policiais da Força Nacional, o gasto é de, no mínimo, R$ 15 mil por dia somente com o pagamento de diárias. Ao longo dos três meses em que estarão nas ruas da capital, será pago mais de R$ 1 milhão e 300 mil. Todos os custos são bancados pelo Ministério da Justiça, através da Secretaria Nacional de Segurança Pública. Além das diárias, o Governo Federal custeia a estadia e a alimentação dos policiais.
O vereador afirmou ainda que o Governo do Estado ainda não entrou em acordo os representantes da Polícia Militar e Bombeiros em relação ao reajuste salarial da categoria.
“Nós estivemos reunidos com o secretário de Administração, Francisco José Silva, o Franzé, que apresentou aos presidentes das Associações e o Comando da PM a proposta de parcelamento em duas vezes o pagamento da última parcela do reajuste prevista em Lei e que deveria ser paga agora em maio. Não houve acordo”, disse.
Uma reunião com o governador Wellington Dias (PT) foi marcada para o próximo sábado (16), às 11h para que discutir um novo acordo.
“Embora o Governo do Estado tenha alegado que não tem dinheiro para implementar o que já está em Lei, por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal, a categoria não aceitou a proposta e por conta disso solicitamos uma reunião com o próprio governador Wellington Dias para que ele possa resolver esta questão”, concluiu.
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Fonte: Portal Az
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